sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

INÍCIO

Mensagem não entregue de um cartão sem remetente.
Sentido ausente.
Meus versos não têm estilo
Tudo por culpa de um mal entendido
Achei que você seria o que me desse cor
Tiraria um pouco desse preto
Se fosse preciso, por mim iria
Até Santa Rita do Ituêto
Pra colher uma flor
E fazer uma ode ao nosso amor.
Eu sou insana
Considerei nossa queda profecias de Cassandra.
Belas palavras apenas disfarçam a demência
Da relação nasci-morta que não curou a carência.
Agora me derreto em meio às chamas.
Sou seu Tudo e não te dou Nada.
Nem mais letras num papel amassado
Nem mais responsabilidades
Por um coração despedaçado.
[...].
Ele já não lhe pertence.
[...]
Eu também não.
[...]
Educação não disfarça mágoa
[...]
Bate logo esse telefone na minha cara.
[...]
“Vai fazer frio na fatalidade do verso”
[...]
Eu te amo (mentira)
[...]
Eu também (outra mentira)
[...]
Pra quê ficar quando se pode simplesmente ir?
[...]
Sei que você já está cansado.
[...]
Tem medo. Omite só pra me agradar.
[...]
Do mesmo jeito que eu faço
[...]
Então deixa tudo como está
[...]
Reticências.


Ultraviolet.

4 comentários:

  1. ideias que formaram um lindo texto
    me lembrou a musica SANTA CHUVA de Marcelo camelo


    bjO

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  2. Não desmerecendo seus outros belos textos (também nem sempre comento, mas leio!), acho que esse é o melhor que já li aqui. MUITO BOM mesmo. Parabéns!

    Ah, sinta-se mais que a vontade para comentar em todas que gostar! Sempre fico lendo os comentários, até mais do que posto, me faz feliz saber que alguém se identifica com meus textos! :)
    Muito obrigada pelo carinho, um ótimo 2010!

    [pleasetakeasit.blogspot.com]

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  3. "Achei que você seria o que me desse cor
    Tiraria um pouco desse preto"

    Eu já achei isso! Tantas vezes! E ainda não aprendi que a cor tem que vir de mim, de ninguém mais!

    Estou com saudades dos seus posts, Ultraviolet!

    Beijos!

    http://diariodeumagarotaemapuros.blogspot.com/

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  4. os melhores textos surgem de ideias avulsas... :)

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