segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



É uma curiosidade que me toma, louca por saber o que se passa na sua cabeça. Eu sinceramente não queria falar de amor, acho tão lugar comum. Sentiria mais confortável podendo analisar o conflito no Egito. Ou em outro lugar qualquer. Mas essa angústia que me toma leva-me a você. Essa sensação de quem foi amada e espera eternamente pela volta. Volta de quem não veio pra poder ir. Clichê barato. Mas esse telefone que não toca, essas palavras vagas, essas promessas indecisas. E enquanto escrevo minha música acaba. Começou “A Voz do Brasil”. E, infelizmente, até isso me leva a você com todos os seus modos políticos e alguma coisa que eu queria que completasse essa frase, mas não sei bem o que é. Até as palavras me abandonam ultimamente. Essa sinopse de vida a dois que me trai. E a minha internet caindo ininterruptamente, que em outro momento, me deixaria quase loca de raiva, mas que hoje eu só observo. Passei o dia deitada, imaginando. É o que me resta. Essa carência que só pode ser preenchida com você. A agenda está tão cheia, todos estão ao alcance de 8 toques. Menos o que interessa. Você interessa. Você não está. Então vem o tédio, a irritação banal, a comida porcaria, o pijama às 5 da tarde, o banho não tomado, a tarefa não feita, a mente indiferente ao corpo. Essa espera me deixa como sobre trilhos... Aguardando. Esperando ou pelo salvador, ou pelo eterno torpor. E eu me faço reticências. Tão cafona. Tão previsível. Tão apaixonada.  

Ultraviolet.

Um comentário:

  1. tão... e tão agradaveis são seus versos, amei esse aqui tbm. Nunca me canso de ler qualquer um deles.

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