domingo, 1 de julho de 2012


Acabei de ver um filme marcante. “Diários Proibidos”, história da ninfomaníaca Valery. História da solidão e do abandono de todas as mulheres. Daquilo que sentimos quando estamos sozinhas. Do medo e da desolação. Algumas buscam refúgios, outras se escondem em si ou nos outros.  Mas todas, todas somos assim. Todas somos frágeis em busca de um braço forte que nos aperte até nos sentirmos seguras. Não, não é drama. Mulheres são fortes, parecem fortes porque carregam em si toda a dor do mundo. E a gente suporta. A gente segura. E vai em frente, porque tem que ser assim. E nada muda isso. A gente só pede uma coisa em toca. Carinho. Um pouquinho de atenção, de proteção. Um olhar, um sorriso, aquele elogio, pode de repente ser um poderoso analgésico. Medidas alternativas para problemas inesperados, inéditos. E ainda assim, somos lindas. Sempre esperando. Conseguimos ser lindas enquanto esperamos, damos, recebemos, negamos, estamos melancólicas, somos incompreendidas. A arte de acondicionar sensibilidade.

Ultraviolet.

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