Acabei de ver um filme marcante. “Diários Proibidos”,
história da ninfomaníaca Valery. História da solidão e do abandono de todas as
mulheres. Daquilo que sentimos quando estamos sozinhas. Do medo e da desolação.
Algumas buscam refúgios, outras se escondem em si ou nos outros. Mas todas, todas somos assim. Todas somos
frágeis em busca de um braço forte que nos aperte até nos sentirmos seguras.
Não, não é drama. Mulheres são fortes, parecem fortes porque carregam em si
toda a dor do mundo. E a gente suporta. A gente segura. E vai em frente, porque
tem que ser assim. E nada muda isso. A gente só pede uma coisa em toca.
Carinho. Um pouquinho de atenção, de proteção. Um olhar, um sorriso, aquele
elogio, pode de repente ser um poderoso analgésico. Medidas alternativas para
problemas inesperados, inéditos. E ainda assim, somos lindas. Sempre esperando.
Conseguimos ser lindas enquanto esperamos, damos, recebemos, negamos, estamos
melancólicas, somos incompreendidas. A arte de acondicionar sensibilidade.
Ultraviolet.
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