Quando olhou lá embaixo viu a fila de carros se estendendo pelo quarteirão, e por um momento, entreteve-se com aquela aquarela de cores metálicas, distribuídas em formas variadas, tão parecidas na sua essência. Voltou a vida quando ouviu a buzina e se irritou com o palhaço a e a trupe a segui-lo. Se o trânsito está parado, fazer barulho vai mudar alguma coisa? O sinal vermelho é surdo. Mas ela não era, então foi pra dentro e procurou os formulários que teria que preencher: na irritação do caos terrestre, lembrou enfim o que havia de fazer. Então mãos-a-obra: cadeira, mesa, caneta preta, folha semicompleta. Algumas perguntas muito técnicas, pra tentar identificar o que ela realmente era. Aí então surge a grande questão: ela deveria dizer a verdade, ou aquilo que esperavam ouvir? Se deu conta de que não tinha a mínima de idéia de quem eram “eles” e também não poderia dizer o esperado, porque não sabia ao certo como era. Não se via de frente, e aquilo que pensava ser limitava-se à mera ideologia. Guardou os formulários. Achou melhor jogar na loteria.
Ultraviolet.
Ei!!
ResponderExcluirTudo bem?
As suas histórias mostram uma realidade comum de muita gente, mas o jeitinho de vc contá-las é tão único! Atrai a gente!
Como sempre, mais um final surpreendente.
Muitas vezes acreditar na sorte é uma das nossas saídas para encontrar algumas respostas da vida.
Beijo enormeeee.
Queria te encontrar on no msn.
Muito bom! ´crônica ótima...!
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