quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A noite verde empestiada por uma esperança morta dá ao tédio ares de eternidade. Percepções disformes do óbvio, irreconhecíveis até então, criam idéias mefistofélicas que trasbordam em palavras vazias – em relação ao som – mas profundas, reais e sólidas. Nada pode ser bom. O desejo não vale nada, não agora, onde a descrença com a humanidade e os modos de vida padrão-popular, com as ideologias padrão-popular, desmoronam criando o perfeito cenário do caos, revelador das belezas escondidas, exóticas e verdadeiras. A contradição grita. Tudo gira em torno de um instinto reprimido. Uma ação inadequada que só toma forma na escuridão dos pensamentos insanos. A constatação da maldade dá um prazer profano quase reprovável – e um leve sorriso nos lábios. A coragem auto-destrutiva de Ícaro aludi a uma vontade interior. É esse o objetivo. Mas será que eu sobreviveria? Não sei. Não importa. Oblitero dúvidas e certezas – apenas reverbero.
Ultraviolet.

4 comentários:

  1. Belo texto!
    Ostenta um tanto de sentimentos não proferidos.
    Enfim, vi seu blog na comunidade.
    Tenha um bom dia!

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  2. Ah a contradição sempre grita...

    Hey tem um selo pro teu blog, lá no meu blog.
    E as regrinhas estão descritas por lá, bem simples.

    Seu vocabulário é show! ;D


    beijos!

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  3. Uau!
    Só essa palavra consigo ter em mente para descrever esse seu texto.
    Como disse a Kate Polladsky, o seu vocabulário é show!
    Amaria receber um e-mail seu! Acho que até imprimiria.
    Ultraviolet, continuo cada vez mais com uma sede de ler seus pensamentos aqui no seu blog, que são tão ricos!
    Beijo enorme.
    Tenha uma ótima semana.

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