quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A exuberância verde em volta remete a tempos imemoriais de terras longínquas. A letra trai, o café não sustenta. Ela está cercada para o seu próprio bem e sabe da proposta, mas as mensagens não lhe atingiram. Ela ainda está imune, como se produtos de sortilégios atuassem sobre sua pele e olhos, tão imóveis a tudo, tão iguais nos reflexos. Primeiro dia de uma clausura consentida. Solidão entre estranhos, sufocamento em lugar aberto. É só um choro contido a muitas rotações. Não sabe ainda o que lhe espera. Papel e caneta é a única coisa que lhe resta. Suficiente para não ficar vulnerável. Assim se considera armada. Pode então reverter o silêncio. Pode traduzir em códigos de linguagem os labores de uma alma atormentada.
Ultraviolet.

2 comentários:

  1. "Balão de oxigênio, tabua da salvação, fortaleza de proteção, tónico fortalecedor, chave para o recanto encantado dentro de nós mesmos", o que seria de nós sem o sagrado lápis e papel? rsrs
    Nossa, queria saber expressar o que sinto tão bem, seus textos são adoráveis.

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  2. O lápis e o papel são muitas vezes, senão nossas armas, a nossa salvação. Um meio de expulsar demônios ou então canalizar o sofrimento ao invés de tentar acabar com ele.
    Adorei. ^^

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