domingo, 1 de novembro de 2009

Ondas de vento invadem meu pensamento
Trazendo restos de outro tempo
Quando dor, pesar e alegria
Nada mais simples euforia
Habitavam pacificas o caos
O mar revolto do meu ser
Que não se entrega a mero prazer
Não move correntes nem revela os mortos
Navego somente por caminhos tortos
Na alma, misto de som, fúria e calmaria
Desejos apresentados como finas iguarias
Coexisto com sombra, luz e solidão
Sofro do pior tipo de alucinação
Mas não me perco em meio à bruma
Talvez toda eu seja feita apenas de espuma.


Ultraviolet.

3 comentários:

  1. Linhas que não me são estranhas, mas que cada vez que leio me remete a uma situação diferente.
    Ainda bem que além de contista escreve lindos poemas.
    Ao ler o seu poema me senti numa praia nublada, em que o Sol tentava nascer, mas os raios não passavam pelo cinza. Não havia uma linha no horizonte.
    Se vc por acaso estiver indo agora para essa praia, me chame! Andaremos de mãos dadas!
    Beijos

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  2. Uau, seu poema me lembrou um pouco Augusto dos anjos: a maneira de nos passar o pesar de uma alma. Fascinante e lindo :)

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